Não creio que a solução possa (ou deva) passar pela exclusão das candidaturas a cargos políticos para quem haja sido constituido arguido (ou como é o caso objecto de acusação). Não só porque nem todas as situalções de constituição de arguidos são obviamente idênticas como porque me parece constituiria não apenas uma solução perigosa para a democracia, e para a separação de poderes, como um atestado de incapacidade aos eleitores. Talvez por isso me custe ainda mais ver a forma como os principais partidos se tem refugiado no facto de não existir condenação dessa forma escamoteando o facto de se tratar de uma escolha politica que não só pressupõe uma avaliação política das condicoes do candidato para exercer o cargo para que e proposto como implica uma identificação entre os valores do candidato proposto e o partido que o apoia.
O facto do PSD ter optado por incluir nas listas de candidatos alguém que, de acordo com o que foi divulgado pela imprensa se encontra acusado de, em 2002, ter recebido 150 mil euros, em envelopes e malas, de dois empresários de construção civil, durante a campanha das eleições para a liderança da distrital do PSD de Lisboa, descredibiliza a determinação com que uma eventual futura maioria do PSD estara disposta a combater o financiamento ilegal dos partidos e a corrupção.
domingo, 16 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Listas de deputados
Mesmo para quem não esperava grandes novidades nas listas de candidatos a deputados as mesmas constituem uma autêntica desilusão sobretudo pela quase total ausência de renovação que, pior do que isso, parece corresponder a uma estratégia de recompensar a fidelidade às direcções partidárias.
Não só não se verificam esforços significativos para abrir o partido como, tal como ilustram os casos Manuel Alegre e Passos Coelho, dentro de cada partido se privilegiaram os nomes mais próximos da liderança e se promoveu o afastamento das vozes dissidentes. O PS e o PSD escolheram disputar as próximas eleições com listas de “socristas” e “ferreiristas” sinal de que estão talvez mais preocupados em consolidar a sua posição interna do que em obter uma vitória eleitoral clara, na qual nenhum deles parece acreditar verdadeiramente.
Não só não se verificam esforços significativos para abrir o partido como, tal como ilustram os casos Manuel Alegre e Passos Coelho, dentro de cada partido se privilegiaram os nomes mais próximos da liderança e se promoveu o afastamento das vozes dissidentes. O PS e o PSD escolheram disputar as próximas eleições com listas de “socristas” e “ferreiristas” sinal de que estão talvez mais preocupados em consolidar a sua posição interna do que em obter uma vitória eleitoral clara, na qual nenhum deles parece acreditar verdadeiramente.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Regresso
Regressado de uma pequena pausa constato que o "mundo" político não se alterou substancialmente. De acordo com as últimas sondagens o PS lidera por uma pequena margem 1-2% e a percentagem de "indecisos" parece ser bastante elevada. Em suma, encontra-se tudo mais ou menos na mesma.
Subscrever:
Mensagens (Atom)