domingo, 16 de agosto de 2009

Sobre a inclusão de António Preto nas listas do PSD

Não creio que a solução possa (ou deva) passar pela exclusão das candidaturas a cargos políticos para quem haja sido constituido arguido (ou como é o caso objecto de acusação). Não só porque nem todas as situalções de constituição de arguidos são obviamente idênticas como porque me parece constituiria não apenas uma solução perigosa para a democracia, e para a separação de poderes, como um atestado de incapacidade aos eleitores. Talvez por isso me custe ainda mais ver a forma como os principais partidos se tem refugiado no facto de não existir condenação dessa forma escamoteando o facto de se tratar de uma escolha politica que não só pressupõe uma avaliação política das condicoes do candidato para exercer o cargo para que e proposto como implica uma identificação entre os valores do candidato proposto e o partido que o apoia.
O facto do PSD ter optado por incluir nas listas de candidatos alguém que, de acordo com o que foi divulgado pela imprensa se encontra acusado de, em 2002, ter recebido 150 mil euros, em envelopes e malas, de dois empresários de construção civil, durante a campanha das eleições para a liderança da distrital do PSD de Lisboa, descredibiliza a determinação com que uma eventual futura maioria do PSD estara disposta a combater o financiamento ilegal dos partidos e a corrupção.

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