A sondagem do CESOP para a RTP, Antena 1 e Diário de Notícias (ver também aqui) vem confirmar que se as eleições fossem hoje os resultados eleitorais não seriam substancialmente diferentes e que a imagem do Governo e de José Sócrates sofreu um desgaste bastante substancial, não só, nem sobretudo, pelo caso escutas / Face Oculta, que para grande parte do eleitorado são "politiquices" que só confirmam que, como já "todos sabiam", os políticos e jornalistas são todos iguais, mas principalmente pela percepção de um défice de governação e pela ausência de "soluções" para "os problemas do país" (64% considera o desempenho do Governo "mau" ou "muito mau").
A conciliação de i) e ii) reside no facto de a larga maioria (55%) dos portugueses não pensarem que outro partido fizesse melhor (apenas 28% pensa o contrário), mas daqui também resulta que o PS / Governo está "a prazo" até aparecer uma alternativa que consiga convencer os portugueses de que valerá a pena arriscar a mudança. Neste sentido diria que para o PSD obter mais de 30% das intenções de voto no actual contexto de disputa de liderança (e em que a sua líder ocupa- injustamente - destacada a última posição na apreciação dos eleitores) significa que o próximo líder dispõe, apesar de tudo, de uma boa base para construir essa alternativa.
Quem vai beneficiando com tudo isto é o Presidente da República e Paulo Portas que sobem significativamente na apreciação dos eleitores.
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