José Sócrates: "A ideia de que há um descontrolo na despesa do Estado não é verdade (...) quer do lado da despesa quer da receita as previsões que temos alinham com aquilo que foram as nossas intenções em Maio"
Foi por isso que foi necessário arranjar receitas extraordinárias de 2,6 mil milhões de euros e recorrer a um conjunto de outras medidas de recurso entre as quais: aumento dos descontos para a CGA, reduzir o abono de família e cortar no investimento público.
José Sócrates: "Essa incerteza [dos mercados] deriva de dois factores: o primeiro tem a ver com a situação que se vive na Irlanda (...) o efeito de contágio de declínio da Irlanda"
Que por qualquer razão estranha e que, infelizmente, não sou capaz de explicar apenas afectou Portugal.
José Sócrates: "(...) a necessidade de orçamentarmos este ano os submarinos. Tinhamos a intenção de o fazer só no próximo ano mas a verdade é que o registo contabilistico deve ser feito este ano pelo menos no que diz respeito a um"
Não sei bem se é um (500 milhões de euros) ou se são dois (1.000 milhões de euros). Mas também o que é que são mais ou menos 500 milhões de euros. Valor em qualquer caso muito inferior ao das receitas extraordinárias.
José Sócrates: "(...) o facto de nas receitas não fiscais não estarmos a atingir os objectivos"
Por favor não me peçam para explicar. E sobretudo não me perguntem qual o montante nem se essas receitas não estariam, por acaso, sobrestimadas.
José Sócrates: "Hoje o desemprego desceu em Portugal e subiu em Espanha"
De acordo com o Eurostat, a taxa de desemprego subiu 0,5 pp face a Agosto de 2009 mas desceu 0,1 pp (para 10,7%) face a Julho.
José Sócrates: "O emprego é a nossa preocupação fundamental (...) Neste momento a nossa prioridade deve ser a de restaurar a credibilidade portuguesa nos mercados internacionais."
Gosto sempre de ter pelo menos duas prioridades. Assim se o desemprego aumentar posso dizer que foi necessário por causa do objectivo de restaurar a credibilidade e se os juros subirem direi que foi porque tivemos de tomar medidas para combater o emprego. Se correrem mal as duas, digo que a culpa é do PSD.
José Sócrates: "Não se trata de alguma coisa ter corrido mal ou bem, trata-se de reforçar a segurança da nossa execução orçamental"
Ok. A execução orçamental estava a correr muito mal.
José Sócrates: "Esse reforço da segurança é da maior importância para defendermos o interesse nacional, para defendermos o financiamento da nossa economia (...)"
Estava messssmo a correr muiiito mal.
José Sócrates: "Se não tomarmos estas medidas que são absolutamente indispensáveis, o financiamento da nossa economia estará em causa"
Se querem mesmo saber estavamos a um passo da bancarrota.
José Sócrates: "Eu só tomo medidas de redução de salários quando estiver absolutamente convencido de que não há nenhuma outra alternativa (...) Isto são medidas que só se tomam no limite"
Prefiro aumentar impostos, em segundo lugar cortar nos salários e prestações sociais e só mesmo em último caso é que farei alguma coisa para reduzir a sério os custos com institutos públicos e empresas públicas que não servem para nada.
José Sócrates: "É uma batalha longa e dificil... a chamada crise da dívida soberana. Em Maio sempre achei que era possível restaurar a confiança dos mercados "
Não foi o que sucedeu, mas não me enganei... eles - os mercados - é que não evoluiram como deviam.
José Sócrates: "Não se trata de não acreditar. Trata-se de haver dúvidas"
O que é algo completamente diferente.
José Sócrates: "Estou absolutamente convencido que estas medidas são suficientes (...) Estas são as medidas para 2010 e 2011"
Mas como em Maio também estava absolutamente convencido é melhor não me levarem muito a sério.
José Sócrates: "É cedo para falar no aumento do salário mínimo"
Tenho de me lembrar de dizer isto à Ministra do Trabalho.
José Sócrates: "O TGV já foi suspenso... já suspendemos em Maio a ligação entre o Poceirão e Lisboa e estamos à espera que... a possibilidade de lançar o novo concurso deriva das melhores condições financeiras ao nível internacional, tomámos essa decisão agora mesmo... o novo concurso será lançado se houver melhores condições financeiras..."
Só desistirei do TGV se entretanto tivermos já ido à bancarrota.
José Sócrates: "Sobre o TGV... há uma ideia muito errada e demagógica..."
Vou dizer qual já a seguir.
José Sócrates: "...o impacto financeiro nas contas do Estado [do troço entre Poceirão e Caia] nos próximos três anos são 140 milhões de euros... mas as receitas fiscais não deve andar muito longe desse valor. E por outro lado nós temos agora os fundos comunitários e os fundos do BEI para fazer esse investimento... a construção do TGV vai contribuir para a modernização económica e para o emprego"
Para já não falar na importância estratégica que terá a ligação em alta velocidade entre Poceirão e Madrid.
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