Ontem ao ouvir Lobo Xavier na Quadratura do Círculo não pude deixar de concordar inteiramente com o que ele disse. Independentemente de se tratar de uma ideia original ou de, como referiu Pacheco Pereira, já existirem iniciativas do BE e do PSD de criação de uma comissão de inquérito parlamentar sobre as eventuais interferências na comunicação social julgo que se trata de uma inevitabilidade.
Foi, aliás, confortante ver que, à excepção de António Costa, os restantes participantes (incluindo Marinho Pinto) concordaram. Como foi, por outro lado, visivel a forma incomodada como António Costa se pronunciou sobre essa possibilidade, talvez porque se recorde do que defendeu noutras ocasiões (link retirado daqui) e que não resisto a citar: "Com a presença bem viva na memória de todos do pedido de demissão de Paulo Portas pelo secretário-geral do PS, foi natural a afirmação do líder parlamentar de que «a actual situação política é dominada por questões muito graves que estão a tocar a credibilidade das instituições». Mas, para António Costa ,«o maior perigo desta situação é a ideia de que isto da política é tudo um jogo de amigos e que há uma panelinha em que todos vão metendo a mão. Isto é inaceitável». (...) Colocando sempre o caso no terreno político, António Costa disse que «não estamos a discutir se há ou não crime» (...) «ser membro do Governo é ter deveres especiais para com os cidadãos». Peremptório na afirmação de que «tem que haver limites para o populismo», referindo-se a Portas, António Costa considerou que «ele não tem consciência de que aquilo que sobre ele se tem dito é da maior gravidade. E também não tem consciência que tem de dar explicações»”.
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