Anteontem e ontem o Governo grego conseguiu fazer aprovar no Parlamento as medidas de austeridade essenciais para o desbloqueamento da próxima tranche da assistência financeira à Grécia e para a aprovação de um segundo plano de assistência, afastando os receios de uma situação de incumprimento receado pelos mercados e conduzindo a fortes subidas das cotações das acções - com destaque para o sector bancário - e do euro.
A questão que se coloca é a sustentabilidade da situação política e social da Grécia onde uma sondagem recente indicava que 50% dos gregos defendia que o plano deveria ser renegociado, 23% defendia a rejeição do plano mesmo com o risco de bancarrota e apenas 21,7% achavam que o plano deveria ser implementado. É certo que 57% dos que defendiam a renegociação preferiam a aprovação do plano a uma situação de bancarrota, o suficiente para dar uma ligeira maioria em favor da aprovação do plano.
Mas estes números conjugados com o facto de o principal partido da oposição estar à frente nas sondagens, embora por uma pequena margem, e a fortre mobilização nas ruas contra os sucessivos pacotes de austeridade e o acentuar dos efeitos recessivos do novo plano gera fortes preocupações quanto à sustentabilidade da situação social e política na Grécia.
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