Num série de artigos bastante "interessantes" publicados pelo DN sobre as "novas formas de parentalidade". Num desses artigos uma psicóloga afirma que os pais homossexuais são: "afectuosos, tranquilos, confiantes e firmes nas decisões", características que fazem deles melhores pais do que muitos heterossexuais, mais "neuróticos, ansiosos e inseguros". E a autora "vai ao ponto de afirmar que pais homossexuais até podem trazer vantagens para a educação de uma criança, até porque um filho resulta, em geral, de muita ponderação e tempo de espera".
A história prossegue com dois ou três exemplos de casais e com a afirmação do presidente de uma associação que refere que "o estudo reforça o que é de consenso científico a nível internacional".
Tão feliz história é no entanto estragada pelo final do artigo em que a autora reconhece a limitação da amostra: 25 heterossexuais e 25 homossexuais (?).
Parece-me pouca amostra para tantas conclusões.
Noutro artigo da mesma série temos mais um extraordinário exemplo desta estranha forma de produzir ciência. Trata-se aqui de uma antropóloga que terá chegado à conclusão de que "A maioria dos casais homossexuais portugueses tem filhos adoptados" (?), conclusão que consideraria deveras surpreendente não fosse o facto de mais adiante se afirmar que a referida cientista "estudou 14 famílias de homossexuais e continua a seguir cinco delas" (!).
Nada me move contra as novas formas de parentalidade (e até gostei do filme "Casa de Doidas"), mas, por favor, não chamem a isto "ciência".
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Se até para uma simples sondagem de opinião o universo de pessoas contactadas é muito maior, tem toda a razão ao desconfiar da cientificidade das conclusões.
ResponderEliminarum abraço.