Desta estória das "escutas" a verdade é que muita gente ficou bastante mal na "fotografia".
Sai mal a Presidência da República pela forma como um seu assesor tentou encomendar uma notícia sem pés nem cabeça com o claro intuito de prejudicar o Governo.
Sai mal o Público que apesar de numa primeira fase teve o bom senso de não satisfazer a encomenda por depois de ter publicado as suspeitas de fontes da Presidência sobre uma possível vigilância dos seus assessores (o que admito que se justificasse pois era - foi assim que na altura a interpretei - uma importante confirmação do profundo mal-estar nas relações entre Belém e a Presidência) não resiste em fazer o follow-up da noticia utilizando precisamente a encomenda que lhe tinha sido feita 17 meses (!) antes.
Sai mal o DN não por ter publicado o mail "privado" mas por ter elaborado uma notícia perfeitamente acrítica escarrapachando o mail na primeira página ignorando a forma como o mesmo terá chegado à sua redacção incorrendo no fundo precisamente no mesmo erro que o Publico acabou por cair com 17 meses de atraso.
Saem mal o director do DN e do Publico pelo espectáculo deplorável que ambos ontem deram na televisão.
Mas, apesar de tudo, também há quem saia bem. Desde logo o provedor do Publico pela forma como de forma frontal e corajosa apontou os erros do Publico. Mas, também, José Sócrates e o Governo pela forma como responderam e reagiram durante todo este caso e o jornal Expresso.
Depois do programa de ontem não pude, no entanto, evitar a sensação de que ainda não conhecemos a históra toda e pessoalmente fiquei (ainda mais) curioso quanto à fonte da divulgação do mail interno do Publico.
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