Foi uma entrevista com duas partes bastante distintas.
Na primeira parte, notoriamente mais tensa, o primeiro-ministro manteve a sua posição de negar ter alguma vez tido conhecimento da intenção da PT em adquirir a Media Capital, revelando algumas dificuldades em justificar a escolha de Rui Pedro Soares para a administração da PT (cujo curriculo é analisado aqui) e um evidente desconforto com as questões relacionadas com o apoio de Luís Figo. As principais novidades terão sido eventualmente o facto de se ter demarcado de quem possa ter invocado o seu nome no contexto do alegado plano para "controlar" a TVI, algo que se impunha e que deveria ter feito já há bastante tempo apenas pecando por me parecer que esse distanciamento não foi suficientemente vincado, nomeadamente quando comparado com a sua indignação relativamente à quebra do segredo de justiça sobre o qual anunciou intenção do Governo de introduzir alterações, hipótese que não julgo particularmente sensata no actual contexto.
A segunda parte dominada pelos temas económicos a prestação do primeiro-ministro foi formalmente melhor, mas ainda assim apenas sofrível. Foi relativamente convincente na defesa da prestação da economia portuguesa durante o ano de 2009, mas pareceu-me um pouco surpreendentemente (ou talvez não) titubeante na sua defesa dos ditos projectos de grandes investimentos públicos e, acima de tudo, escassas as suas explicações de como pretende o Governo reduzir o défice até 2013.
Esteve bem quando MST o questionou sobre as despesas em projectos, estudos e consultoria que prometeu ir reduzir.
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