A forma cautelosa como António Vitorino (não) respondeu a Judite de Sousa sobre o que irá acontecer se se vier a provar o envolvimento do primeiro-ministro num "plano para controlar a comunicação social", mas sobretudo três passagens primeiro, quando António Vitorino diz que ninguém ignorava que o Jornal da Noite e o Público "eram duas fixações comunicacionais" e referiu que os titulares de cargos públicos se sujeitam às consequências das opiniões que emitem sobre a comunicação social, em segundo lugar quando afirmou que "isto náo irá ficar por aqui" e em terceiro lugar quando manifestou a sua concordância quanto a uma investigação pelo Parlamento, revelam a situação política extremamente dificil em que o primeiro-ministro José Sócrates se encontra. Dificuldades que são sublinhadas por reacções como as da sempre desassombrada Ana Gomes e pelo significativo silêncio da maioria dos dirigentes do PS quanto ao conteúdo.
Mas o programa de ontem de António Vitorino pode ter sido importante ainda por outra razão. A actual situação dos mercados financeiros é bastante complicada e torna particularmente perigosa uma crise política. E neste contexto achei igualmente interessante a forma como António Vitorino analisou a situação financeira evidenciando que a sua experiência internacional poderia constituir uma mais-valia valiosa no actual contexto caso viesse a ser chamado a substituir o primeiro-ministro. Resta saber se estaria disponível.
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