Uma noite eleitoral marcada por uma vitória confortável dos partidos de direita e que marca o fim de um ciclo político. Na qual ficou evidente logo que foram conhecidas as projecções dos resultados eleitorais, que não só confirmavam as indicações das sondagens da última semana para uma vitória clara do PSD e uma maioria absoluta de direita no parlamento como desde logo indicaram que o PS iria ter um resultado claramente abaixo das expetactivas ficando abaixo do limiar dos 30%. Um resultado que tornou inevitável a demissão de José Sócrates que este anunciou num discurso digno perante um PS que pareceu um pouco atordoado com a dimensão da derrota que lhe foi infligida pelo eleitorado e no qual, mesmo antes do início das declarações do seu ainda secretário-geral recentemente reeleito com uma maioria esmagadora, se sentia já a preparação para a sucessão.
Cabe agora ao PSD e ao CDS-PP a pesada responsabilidade de formar rapidamente um Governo competente e coeso para conduzir o futuro do país durante anos que, como Pedro Passos Coelho nunca escondeu e ontem uma vez mais salientou num discurso dirigido para o país, serão certamente bastante duros e exigentes. Um período que será condicionado pela necessidade imperiosa de cumprir os compromissos internacionais que Portugal assumiu perante a União Europeia e o FMI e durante os quais será provável um aumento da conflitualidade social e sindical que, como ficou hoje uma vez mais claro PCP e BE, irão procurar liderar.
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