A pesada derrota eleitoral que o PS sofreu no passado domingo assinala o fim de um ciclo político que teve o seu expoente máximo nos últimos seis anos sob Sócrates mas cujas origens podem ser remontadas à direcção de António Guterres em que, à semelhança do que sucedeu um pouco por toda a Europa, os partidos sociais-democratas desenvolveram aquilo que se convencionou chamar por "terceira via" que procurava responder aos desafios económicos colocados pela globalização através de uma compatibilização da defesa da competitividade através de soluções de mercado com uma defesa de um Estado social forte.
Uma via que contudo não esteve à altura das suas promessas conduzindo a uma situação de taxas de crescimento económico baixas e aumento das desigualdades na distribuição do rendimento e que entrou definitivamente em crise com a crise económico-financeira que - no caso português somando-se a desequilíbrios que eram bastante anteriores a essa crise - conduziu a uma situação de finanças públicas insustentável para a qual, um pouco por toda a Europa, a esquerda se tem, até agora, revelado incapaz de encontrar uma alternativa.
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