"(...) um incumprimento na Grécia (e/ou em Portugal e/ou noutros países) é mais do que isto. Através dele, a UE reconhece (sem reconhecer) que a solidariedade entre os países-membros tem limites bem apertados. Na realidade, tudo o que foi feito até agora, incluindo a possibilidade de incumprimento, não passa de um conjunto de acções que visa comprar tempo, procurando evitar o momento em que a UE teria de se assumir enquanto união orçamental (e, logo, política). Ou isso, ou admitir que a União Monetária não tem viabilidade, o que é o exacto contrário do anterior, ou seja, que os países que a constituem devem seguir caminho fora dela. Como estas alternativas estão, por enquanto, no reino do inimaginável, compra-se tempo na esperança da ocorrência de qualquer coisa (o quê?) que acabe com o imbróglio."
(Retirado daqui)
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