quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ciclone Yasi




"E assim, de repente, aquilo que parecia ter sido feito para um fim: a contemplação (...) transformava-se, em breves instantes, no mais forte dos inimigos (...) a tempestade que atirava árvores e pessoas contra o chão, devorava casas e animais domesticados, o mar que iluminado por movimentos que pertenciam ao domínio do não razoável afundava barcos e homens, esses sons grotescos dos relâmpagos, sons reveladores de uma indisposição fundamental, de uma inconformidade com a calma e a segurança da cidade, onde edifícios com instrumentos de defesa contra cataclismos se tornavam ridículos quando as verdadeiras forças desse museu falso se libertavam (...)"
Gonçalo M. Tavares, in Aprender a rezar na Era da Técnica

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