domingo, 6 de fevereiro de 2011

Liedson


Um  dos primeiros conselhos que me deram para aumentar as "audiências" deste blog foi falar de futebol. O que me fez, pelo contrário, instituir como regra que não abordaria assuntos de futebol mesmo quando esse assunto (como sucedeu durante a "novela" Carlos Queiroz ou na actual discussão em torno da alteração dos estatutos da FPF) tinha claras ressonâncias políticas.

Não por não gostar de futebol. Muito pelo contrário, gosto bastante de futebol e recordo com saudades, quer os tempos em que os domingos à tarde eram dias de peregrinação ao velho Estádio da Luz onde, do terceiro anel, aprendi a perceber de futebol, quer os tempos da adolescência e mais tarde da faculdade em que passava tardes inteiras (principalmente aos sábados) a "jogar à bola". Mas porque, sinceramente, não me agrada o excesso de clubite que (infelizmente) parece ser inescapável sempre que o tema é futebol.

Mas, como não há regra sem excepção, achei não podia deixar de assinalar a saída de Liedson do Sporting. Confesso que não foi um jogador que me impressionasse quando chegou. Recordo que me pareceu um jogador tecnicamente evoluído, mas que não tinha nem a estatura, nem a velocidade nem a capacidade de aceleração que normalmente caracterizam os grandes avançados centro (o que provavelmente justifica que nunca tenha dado o "salto" para um dos grandes campeonatos europeus). Mas depressa me apercebi que o tinha claramente subvalorizado e que estava ali um grande jogador que conseguia compensar aqueles aspectos com a sua mobilidade e inteligência posicional verdadeiramente notáveis. Recordando-nos que uma das grandes belezas do futebol é precisamente essa diversidade com que é possível interpretar as diversas posições no campo.

Oito anos e 172 golos passados Liedson regressa ao seu Brasil e a verdade é que, apesar dos 11 golos que marcou ao "meu" Benfica , vamos todos sentir a sua falta nos relvados portugueses.

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