quarta-feira, 16 de março de 2011
O dilema de Pedro Passos Coelho
Numa altura em que o PS e o Governo parecem claramente apostados em retomar a estratégia de dramatização da situação que já haviam ensaiado na sequência da apresentação do OE para 2012, é de realçar a aceleração do calendário político através da apresentação e votação no Parlamento da proposta (?) do PEC IV já no decorrer da próxima semana antes da próxima cimeira europeia à qual o primeiro-ministro declarou ontem que não iria caso do PEC ser “chumbado”, empurrando de forma a responsabilidade por uma “crise política” para Pedro Passos Coelho e o PSD este enfrenta um dilema.
Depois da forma firme, mas apesar de tudo cautelosa, como reagiu na madrugada de sábado ao anúncio das medidas, Pedro Passos Coelho encontra-se na difícil situação de ter de decidir se deixa passar esta oportunidade de fazer cair o Governo precipitando eleições, mas propiciando ao PS apostar numa campanha baseada na vitimização e na responsabilização do PSD pelo eventual pedido de auxílio financeiro externo. Ou, se resiste a esta armadilha política, aguardando o desenrolar das próximas semanas que serão decisivas na clarificação da necessidade (ou não) desse mesmo auxílio que parece (cada vez mais) inevitável, opção que terá evidentes dificuldades não só em justificar perante o país como em fazer aceitar internamente, prinicpalmente depois de ter alimentado a ideia de que iria reprovar este PEC IV.
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