Talvez ajudada pelo contraste com a patente falta de à-vontade de Jerónimo de Sousa, Manuela Ferreira Leite pareceu descontraída, embora, como está na moda dizer, assertiva, manifestando uma preocupação em afastar as acusações de radicalismo que lhe têm sido imputadas (principalmente) pelo PS como ficou patente sobretudo nas questões relativas ao emprego que elegeu como prioridade (mesmo que à custa de um aumento do défice) e quando afirmou não tencionar voltar a mexer no Código do Trabalho. O que acabou por conduzir a um, pelo menos aparente, esbatimento das diferenças entre os dois partidos tendo ficado no entanto vincadas as diferenças em matéria de política fiscal, recusando a proposta do PCP de aumento dos impostos sobre as “grandes empresas” considerando que a carga fiscal já é excessiva (cometendo, no entanto, um lapso ao trocar as taxas do IRC e do IRS) e defendeu a descida da taxa social única, e investimento público, área em que voltou a defender a “suspensão” do TGV argumentando que se trata de um projecto que não contribui para o emprego e que se traduziria em encargos que o país não se encontra em condições de suportar.
Para além da gaffe, Ferreira Leite teve ainda outro ponto menos positivo quando desvalorizou uma proposta do seu próprio programa (respeitante à avaliação dos juízes), o que não impediu contudo que para Ferreira Leite e o PSD tenha sido um bom ensaio para o debate com Sócrates.
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