O dia foi marcado pelo caso das escutas que não é claro que possa beneficiar ou prejudicar nem PS e PSD, mas que, no caso de, como as sondagens indicam, o PS vir a vencer as eleições ameaça afectar seriamente as relações entre o PR e o Governo (e no caso de não vencer inquinar as relações entre o PS e o PR). Talvez, por isso, quer o PR quer o PS procuraram (penso que bem) desdramatizar o caso.
No terreno, a campanha ficou marcada pelas aparições de Manuel Alegre e Marcelo Rebelo de Sousa, ambos formalmente muito bem e apostando na bipolarização, mas parecendo-me mais importante a presença de Manuel Alegre quer pelo efeito que pode ter na faixa do eleitorado que ainda esteja indecisa entre o PS e o BE quer pelo seu significado símbolico para a unidade do partido que José Sócrates soube muito bem explorar. Por todas estas razões o comício do PS em Coimbra constituiu um momento importante da campanha do PS que moralizada pelos resultados das sondagens parece agora em crescendo.
Ennquanto que inversamente, a campanha, claramente menos bem preparada, do PSD parece estar a sentir o efeito desmoralizador dos resultados das sondagens e o desgaste provocado pelo "caso Preto".
Nas margens, o PCP continua uma campanha igual a si próprio enquanto CDS e BE esforçam-se por contrariar o risco do "voto útil", sendo que, no caso do BE, a vantagem do PS nas sondagens pode ajudar o BE cujos dirigente foram ontem alvo de uma lamnetável manchete do jornal Expresso segundo a qual deteriam PPR's e acções insinuando uma contradição, que não existe, entre esse facto e o seu programa.
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