A enorme confusão sobre quais os mecanismos alternativos a que Portugal poderá recorrer para obter os financiamentos de que necessita está a contribuir de forma importante para aumentar a percepção de que Portugal poderá vir a falhar o cumprimento das suas obrigações financeiras por não estar em condições políticas para solicitar e obter a ajutda financeira de que necessita, agravando (ainda mais) a dificil situação financeira que o país atravessa.
Como resulta das declarações desesperadas dos nossos banqueiros, o sistema financeiro e a economia portuguesa não estão em condições que lhes permitam suportar permanecer num estado de incerteza durante um período de, pelo menos, 2 ou 3 meses à espera de um resultado eleitoral que se arrisca a não ser clarificador. Pelo que urge que Portugal encontre, as instituições comunitárias e/ou o Fundo Monetário Internacional, as soluções institucionais que permitam afastar o cenário que os mercados vêem como cada vez mais provável de um eventual incumprimento (ainda que pontual).
Nesta hora de grave emergência financeira, exige-se que Governo, Presidente da República e todos os responsáveis políticos estejam à altura das suas responsabilidades e contribuam para que seja possível, pelo menos, assegurar uma solução intercalar que possa tranquilizar os mercados, os nossos parceiros internacionais e os portugueses, evitando danos maiores.
Entendam-se e demonstrem que, por muito que possa parecer o contrário, Portugal não é um hospício com bandeira e representação nas Nações Unidas ! (*)
(*) No último parágrafo parafraseamos, com a devida vénia, a crónica de Henrique Raposo no Expresso do último sábado.
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