Os grupos de reflexão (think tanks) podem e devem ter um papel importante na definição de políticas públicas, nomeadamente porque permitem uma reflexão de um cariz mais teórico e livre, porque menos condicionada pela agenda política e mediática imediata, podendo funcionar como "laboratório" de ideias que são analisadas, desenvolvidas... e muitas vezes rejeitadas quando esse processo venha a revelar a sua inadequação.
Neste contexto é louvável que os partidos estejam receptivos a iniciativas deste tipo e, até, que as apadrinhem. Julgo, no entanto, que o PSD não temn cuidado de conseguir distinguir de forma suficiente aquelas que são as ideias que emergem desses grupos e aquelas que são as posições políticas do próprio partido, prestando-se a equívocos que dão azo a títulos como o de hoje no jornal Público de que o "PSD desiste da ideia dos independentes do Mais Sociedade para reduzir pensões" (meu sublinhado).
Bem sei que, como é infelizmente demasiado frequente, o título da notícianão corresponde ao conteúdo da notícia, mas ainda assim julgo que, para bem do esclarecimento e evitar um ruído desnecessário e prejudicial, o PSD deverá ponderar rever a forma como estas iniciativas são apresentadas de forma a evitar equívocos.
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