domingo, 24 de abril de 2011

E que tal algum realismo ?


Num  contexto em que segundo o Ministro das Finanças o Estado apenas tem o financiamento assegurado até ao final do mês de Maio, várias empresas públicas encontram-se numa situação de ruptura de tesouraria, os nossos bancos não se conseguem financiar no mercado monetário encontrando-se numa situação de absoluta dependência do financiamento do BCE e existem sinais preocupantes de contestação política à assistência financeira em vários países da U.E. é surpreendente (ou talvez não) ver vozes (não apenas à esquerda) parecem persistir em não reconhecer que Portugal se encontra numa posição "negocial" particularmente frágil e ignorar as reacções políticas dos governos e eleitorados dos outros países europeus no caso de tentarmos forçar a aceitação de certas "condições". O que não significa que não exista alguma margem negocial em torno das medidas a adoptar e creio também que poderá existir alguma margem negocial, embora limitada, do próprio ritmo do ajustamento a efectuar... Mas nada temos a ganhar, muito pelo contrário, com uma estratégia confrontacional.

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