Num debate em que o líder do PS procurou aplicar a velha máxima de que a melhor defesa é o ataque e assim conduzir o debate, evitando os temas em que notoriamente se sentia menos à vontade e insistindo naqueles como o Estado social em que poderia tirar vantagem, Sócrates abriu o debate com insistindo no demasiado gastas desculpas da crise internacional e das dívidas soberanas - para justificar os fracassos económicos - e da crise política - para justificar o recurso à assistência externa, para logo introduzir o tema da saúde invocando o projecto constitucional do PSD para "acusar" Pedro Passos Coelho de pretender introduzir o co-pagamento no sistema nacional de saúde e, mais tarde, de querer liberalizar o trabalho temporário, procurando apresentar o líder do PSD como impreparado e radical.
Apesar de remetido a uma postura mais defensiva, Pedro Passos Coelho resistiu muito bem apontando - tranquilizando os eleitores qaunto ao conteúdo do seu programa -, revelando-se, em geral, bastante seguro e bem preparado, não se deixando enervar pelas constantes interrupções do actual primeiro-ministro, e mantendo um tom duro - mas sem se exceder - na responsabilização do Governo pela actual situação de crise e justificando o chumbo do PEC IV por este ser um plano e com o facto de o Governo ter sido incapaz de cumprir os objectivos dos PEC's anteriores, perante um primeiro-ministro que por vezes deixou transparecer algum incómodo e revelou uma incapacidade de responder às críticas à sua governação.
É quase sempre bastante dificil apontar um vencedor num debate, mas se houve um vencedor no debate de hoje este foi o presidente do PSD.
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