No próximo domingo dia 5 de Junho irei votar PSD.
Faço-o, em primeiro lugar, porque o PSD foi o partido que, ao longo dos últimos meses, tem revelado uma maior consciência não só da dimensão - que o PS persiste em minorar - como, fundamentalmente, da natureza dos problemas económicos e financeiros que o nosso país enfrenta e que o conjunto dos partidos à esquerda (PS, CDU e BE) continuam a, em meu entender, não identificar correctamente.
Ora, a primeira condição essencial para que Portugal possa enfrentar com sucesso a situação em que se encontra é ter um Governo consciente não só da gravidade da situação do país, mas também, e fundamentalmente, da origem e das causas desses problemas. A solução não está em quem não conseguiu evitar a deterioração da situação económica e financeira do país nem em quem persiste, tantas vezes cega e teimosamente contra todas as evidências, em não reconhecer as causas endógenas nacionais que contribuiram para essa situação e, no caso do PS, as suas responsabilidades no processo que as alimentou.
E, em segundo lugar, porque o PSD é o único partido que se apresentou às eleições com um programa eleitoral que - embora me suscite algumas dúvidas quanto à exequibilidade de algumas medidas e à oportunidade ou bondade de outras - tem em conta a situação concreta do país. E que constitui um programa que globalmente se encontra bastante próximo daquilo que considero constituirem as soluções mais adequadas para o país.
O que faz com que, na minha opinião, o PSD seja claramente o partido em melhores condições para garantir o cumprimento das metas definidas no programa de ajustamento negociado com a União Europeia e o FMI. Cumprimento que constitui condição necessária para, pelo menos, evitar uma situação de bancarrota e corrigir os desequilíbrios que há demasiados anos afectam a economia portuguesa por forma a permitir que a actividade económica e o emprego possam voltar a crescer em bases sustentáveis.
Finalmente, porque, após 6 anos no poder, o PS surge claramente desgastado e, como a campanha tem revelado, sem ânimo reformista, e o PSD parece ser o único partido com condições para liderar uma coligação que proporcione um governo eficiente e politicamente forte, com capacidade para enfrentar as dificuldades e desafios com que irá certamente se deparar.
PS: Quando estava a escrever este post fui reler um semelhante que escrevi em Setembro de 2009 em que anunciei igualmente a minha intenção de votar no PSD. A conjuntura financeira pode não ter ajudado, mas os sinais de perigo eram já evidentes e se errei foi ao escrever que não me parecia que uma vitória do PS constituisse um desastre para o país e que até me agradaria ver continuar alguns dos ministros do actual Governo (nomeadamente, Teixeira dos Santos, Luís Amado e Vieira da Silva). Infelizmente errei, mas por excesso de optimismo. Quase dois anos depois, a verdade é que o actual governo conduziu mesmo o país ao desastre e dos três ministros que referi o único que não teve uma acção decepcionante foi Luís Amado.
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