No post scriptum ao seu editorial Pedro Santos Guerreiro refere que: "todos os jornais cometem erros e são manipuláveis por fontes. O Negócios também já errou e errará. Mas houve desinformação gritante nos últimos dias, com exagero claro de medidas de austeridade, o que teve beneficiários. Como é verificável, o Negócios deu em primeira mão muitas medidas, incluindo o próprio pedido de ajuda. Não demos tudo o que agora se sabe. Mas não falhámos nada. À cumplicidade com as fontes preferimos a cumplicidade com os leitores. E assim não os enganámos."
O que constitui uma importante chamada de atenção para a relação entre os jornalistas e "fontes" e para a informação e desinformação e para o facto óbvio de que alguns jornais terão sido vítimas ou coniventes com uma clara estratégia de desinformação sobre a evolução das negociações com a troika destinada a obter um determinado efeito político. A política não é um lugar para "meninos de coro", e como o caso das escutas de Belém revelou não é apanágio exclusivo de nenhuma força ou política em particular, mas há determinadas regras de ética que não deviam ser ultrapassadas.
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