terça-feira, 3 de maio de 2011
Sistemas eleitorais
Depois de na semana anterior ter publicado um conjunto de artigos sobre o processo político da Califórnia em que ilustra os riscos e perigos do (excesso) de democracia directa associada aos referendos de iniciativa popular (ver aqui um artigo sobre este tema), esta semana a revista Economist publicou um artigo e um excelente editorial sobre o referendo no Reino Unido sobre o sistema de voto alternativo, onde discute as vantagens e desvantagens deste sistema face a um sistema de círculos uninominais e a um sistema de representação proporcional, no qual considera que o sistema de voto alternativo não resolve o problema da representatividade das pequenas forças políticas, podendo até reduzi-la, não elimina o problema do "voto estratégico" pode conduzir a um reforço das forças extremistas e portanto, não constituindo um "desatre" não seria uma melhoria do sistema, advogando antes um sistema misto em que uma parte (e.g. 20%) dos representantes seria eleita num círculo nacional segundo o método proporcional e os restantes (e.g. 80%) em círculos uninominais. Um sistema que combina a necessidade de facilitar a construção de maiorias estáveis que facilite a governabilidade com a de representatividade das forças políticas mais pequenas e que, com uma percentagem mais elevada de eleitos no círculo nacional, me parece que poderia ser equacionado para Portugal.
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